Leonardo DiCaprio esquenta entrega do Oscar com discurso ambiental

29 de fevereiro de 2016 | COP 21, Notícias

fev 29, 2016 | COP 21, Notícias

Quem acompanha o Oscar sabe da torcida para que o ator Leonardo DiCaprio, de 41 anos, recebesse enfim o prêmio após seis indicações. Para quem trabalha com defesa do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, como o IPAM, a expectativa era ainda maior.

Isso porque DiCaprio não é apenas um rostinho bonito de Hollywood ou somente um dos atores mais conhecidos do planeta. Ele é também um ativista ambiental aguerrido e vocal, que há anos defende e trabalha para que políticos e empresários ajam para controlar as mudanças climáticas em respeito às minorias.

Pois na noite de ontem, durante a 88ª cerimônia do Oscar, ele cumpriu ambas as promessas: levou o prêmio de melhor ator e, em frente a uma plateia de estrelas e um público de 32 milhões de espectadores em todo o mundo, falou como ator e ativista.

“(O filme) ‘O Retorno’ era sobre a relação entre o homem e o mundo natural. Um mundo que em 2015 nós, coletivamente, sentimos como o ano mais quente já registrado. Nossa equipe de produção foi ao ponto mais meridional do planeta apenas para encontrar neve. As mudanças climáticas são reais, e elas estão acontecendo agora. Essa é a ameaça mais urgente à toda nossa espécie, e precisamos trabalhar coletivamente e parar de procrastinar.

Precisamos apoiar líderes em todo o mundo que não defendam grandes poluidores e grandes corporações, mas que defendam toda a humanidade, os povos indígenas do mundo, as bilhões e bilhões de pessoas vulneráveis que serão as mais afetadas por isso, os filhos dos nossos filhos e aquelas pessoas cujas vozes são diminuídas pela política da ganância. Vamos dar ao planeta o seu devido valor, como eu dou valor a essa noite.”

DiCaprio sabe o que fala. Em dezembro, ele estava em Paris quando um acordo internacional foi aceito por todos os países para reduzir as emissões globais de gases estufa, a fim de manter a temperatura média do planeta apenas 1,5°C mais alta do que a registrada antes da Revolução Industrial.

Ele sabe que é preciso ir além do compromisso, pois, ao somar o impacto das promessas de reduções feitas por essas mesmas nações, a temperatura será maior. Isso levará a mudanças climáticas ainda mais perigosas, como elevação do nível do mar e eventos como tempestades e secas cada vez mais frequentes e intensas.

Um dos caminhos para contornar o problema é conservar a vegetação nativa, como a Amazônia. E, dentro deste sistema, uma medida eficaz é preservar a integridade de terras indígenas. Segundo estudo lançado pelo IPAM no ano passado, elas representam uma reserva de cerca de 13 bilhões de toneladas de carbono, ou 30% do que existe estocado na floresta.

Duplo parabéns, DiCaprio!

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