COP29: Pacto entre setor privado e governo facilitará descarbonização no Brasil

15 de novembro de 2024 | Notícias

nov 15, 2024 | Notícias

O desafio de tornar as atividades econômicas do Brasil menos poluentes vai depender da reconstrução de um relacionamento estratégico entre o setor privado e o governo. O gargalo nessa relação foi destacado no painel “Estratégias de descarbonização e apoio à missão 1,5° – papel estratégico do setor privado na transição energética para a descarbonização do Brasil”. O evento ocorreu nesta sexta-feira (15) no pavilhão do Consórcio da Amazônia, na COP29, Conferência do Clima de Baku.

André Guimarães, diretor executivo do IPAM, abriu o painel citando Jeffrey Sachs, diretor de Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). O economista norte-americano defendeu, em exposição na COP29, parar o financiamento para passar a emprestar liquidez. “O que ele quis dizer com isso? Não adianta só colocar o dinheiro que está disponível no sistema da ONU. Tem que ter alavancagem e estimular o setor privado a investir”.

Para Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, o setor privado não pode ser apenas provedor de recursos e o diálogo sobre o papel de cada um na descarbonização deve ser central. “O empresário não vê ganho. Na Europa, 12% das empresas estão se distanciando dos compromissos climáticos”, afirmou a fellow sênior de Mudança do Clima e Uso do solo do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacional).

“A gente pode discutir descarbonização, mas a gente precisa obrigatoriamente trazer esse tema na relação pragmática, do setor público com o setor privado. Nós não podemos levar 10, 12, 15 anos no licenciamento de qualquer coisa, que, em teoria, se está ali para começar porque tem algum bem a ser devolvido à sociedade. Dessa forma, o custo é tão alto que você perde a atratividade”, reforçou Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio da Amazônia Legal.

Mariana Espécie, assessora especial do MME (Ministério de Minas e Energia), disse que a discussão deve ser de longo prazo. “O olhar para os próximos 10 anos tem que ser descarbonização do setor industrial e de transportes”, avaliou.

No âmbito estadual, o tema tem ganhado destaque. Rodolpho Zaluth, secretário adjunto de gestão e regularidade ambiental do Pará, citou a modernização das plantas de empresas do Estado voltada à descarbonização.

Entre os exemplos, estão as atividades de mineração da empresa Hydro, que tem acelerado o processo de transição energética em toda a cadeia produtiva.
“Nós descarbonizamos toda a matriz do óleo, combustível, até o final do ano, as caldeiras elétricas. São 620 mil toneladas por ano de descarbonização. Redução da própria emissão? Sim, mas é um projeto muito importante”, enfatizou Anderson Baranov, CEO da Hydro.



Este projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Saiba mais em brasil.un.org/pt-br/sdgs.

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