Por Mariana Güths*
Empreendedores locais e regionais do estado do Pará tiveram uma troca de experiências durante o Biobusiness Tapajós. O evento ocorreu em Santarém (PA) e foi organizado pela SEMAS (Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade) em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), com a ACES (Associação Comercial de Santarém), e com o Centro Inovações Aces Tapajós e do Sebrae de Santarém (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O objetivo foi estimular a melhoria do ecossistema de bionegócios no estado, dando incentivo para uma economia baseada em sustentabilidade a partir dos produtos florestais.
O Pará é o primeiro estado brasileiro com um Plano de Bioeconomia e ações voltadas para o setor. Participaram do evento empreendimentos ligados à cadeia do cacau, do artesanato, do mel e de vários outros, como por exemplo o Trançado do Arapiuns, que trabalha com biojoias. O encontro possibilitou o diálogo, formação de parcerias e trocas de experiências entre o terceiro setor, agentes de fomento, governo, sociedade civil e empreendimentos da bioeconomia da Região do Tapajós.
“O Biobusiness Tapajós é um evento importante para a região e também para o Xingu, porque ele teve o objetivo de conectar as várias pontas desse elo que é preciso para a bioeconomia”, afirmou Alcilene Cardoso, pesquisadora de desenvolvimento territorial do IPAM.
Os participantes também conheceram as ações do Plano de Bioeconomia do Pará (PlanBio), e puderam contribuir sobre suas percepções sobre os custos e desafios do ecossistema da região.
“Este é um evento super importante de conexão e de valorização de quem faz a bioeconomia da Amazônia. Que a gente leve esse movimento para fora. São produtos que já estão sendo confeccionados em cada região de forma sustentável, gerando emprego, renda e riqueza para a nossa região”, disse o chef e empresário Saulo Jennings, proprietário do restaurante Casa do Saulo Onze Janelas e Casa do Saulo Tapajós, em Belém.
Luz Marina Almeida, economista da SEMAS e técnica responsável pelo evento, lembrou que a primeira edição do Biobusiness foi em Belém e que a ideia foi expandir o evento “para incentivar empreendedores com produtos sustentáveis de qualidade que utilizam insumos naturais da biodiversidade Amazônica, buscando abrir vários espaços e atendendo produtores de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas”.
*Estagiária sob supervisão de Sara Raíra Leal
