Em memória de Luiz Pinguelli Rosa, cientista do clima e da energia brasileira

3 de março de 2022 | Opinião

mar 3, 2022 | Opinião

Morreu nesta quinta-feira, 3, aos 80 anos, o cientista Luiz Pinguelli Rosa. Físico e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pinguelli foi um dos maiores nomes em energia no Brasil: presidente da Eletrobrás no primeiro mandato de Lula (PT), nos anos 2003 e 2004; e atuou na direção, por quatro mandatos, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ (Coppe/UFRJ).

Há quase um mês, Pinguelli estava internado em um hospital da capital Rio de Janeiro por complicações da covid-19. A causa da morte não foi divulgada oficialmente. Em nome da ciência pelo clima e somando votos à comunidade acadêmica brasileira, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) presta sua solidariedade e homenagem à memória do professor.

“Além de grande cientista, era um habilidoso ‘cativador’ de jovens corações acadêmicos”, lembra o pesquisador sênior no IPAM, Paulo Moutinho. “Suas aulas e palestras, recheadas de conteúdo desafiador e temperado com um humor afiado, deixavam todos atentos por horas, especialmente quando estava tratando de questões relativas às mudanças climáticas”, acrescenta. 

Em uma vida dedicada à ciência, Pinguelli orientou trabalhos de mestrado e de doutorado, contribuindo com a formação de gerações inteiras de pesquisadores brasileiros. Suas áreas atuais de pesquisa se concentravam em planejamento energético, mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência. Ele também já se dedicou às áreas de engenharia nuclear, física de reatores, física teórica e física de partículas. 

Foi secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e recebeu diversos prêmios, entre eles o de Personalidade do Ano de 2014 da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). No âmbito internacional, integrou o Conselho do Pugwash, fundado por Albert Einstein e Bertrand Russel, e participou do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima) da ONU (Organização das Nações Unidas).

“É uma grande perda para a ciência brasileira e para o debate climático global”, acrescenta o diretor executivo no IPAM, André Guimarães.

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